quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Os Dragões (3)

Classificação de Dragões Segundo o Seu Habitat

Dado que os dragões conseguem voar, propagar-se pela Terra foi tarefa fácil. Sendo assim, é possível encontrar qualquer espécie em qualquer região que goze do habitat adequado. Os dragões europeus por exemplo, já foram avistados em zonas remotas da América do Norte. Muitas vezes encontrar concordância na sistemática draconiana elaborada pelos diferentes dragonologistas é quase tão difícil como encontrar, nos dias de hoje, um dragão.
Por exemplo, o Knucker ( Draco troglodytes) para alguns é um dragão das florestas enquanto para outros é um dragão aquático que vive em buracos do tipo Knucker no Sussex na Inglaterra. O nome deriva do Anglo-Saxónico Nicor que significa monstro aquático. É descrito como tendo asas embora outros autores o refiram como tendo asas apenas vestigiais e aparência serpentina. O famosos Knucker viveu, de acordo com a lenda, em Lyminster,

e gerou grande confusão na população, pois era um grande devorador de gado, veados, crianças perdidas e até de aldeões. Foi assim que a população se reuniu para o matar. Este tipo de dragões matava pelo veneno e por constrição.A Norte de Lyminster pode encontrar-se a toca onde teria vivido o Knucker. A Igreja, dedicada a Santa Maria Madalena e uma pérola românica de 6 sinos, contém a Slayer´s Slab, a tumba do cavaleiro que matou o dragão.


O Knucker está tão enraízado no folclore inglês, que ainda hoje se podem ver referências, por exemplo no rótulo de uma cerveja. (Em Baixo).

O Draco occidentalis magnus, o Dragão Europeu, possuía 4 pernas e asas bem desenvolvidas e coloração verde escura, vermelha, e ocasionalmente dourada. Ao contrário da maioria dos répteis, os dragões passam muito tempo a tomar conta das suas crias após estas terem eclodido dos ovos, desenvolvendo-se uma forte ligação entre a cria e o progenitor. As chamas são produzidas por um veneno inflamável enquanto o produzido pelo Knucker não tem qualidades combustíveis. O veneno do Dragão do Gelo do Ártico, (em cima)Draco Occidentalis maritimus, por outro lado, quando vaporizado no ar frio, demonstra um efeito corrosivo em tudo semelhante a uma queimadura feita pelo gelo. Estes 3 tipos de dragões podem ser todos considerados ocidentais.
Lars Grant-West, um artista gráfico cujos trabalhos versam o fantástico, muito utilizados pelos Wizards of The Coast, criadores de jogos como o Magic The Gathering, é um grande ilustrador de dragões. Em baixo, estão 3 gravuras de Lars. Todos eles se podem considerar dragões ocidentais.

Big Red

Big Green

                                                       Iron Dragon ou dragão ferruginoso.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Os Dragões (2)

O dragão como simbolo demoníaco, identifica-se com a serpente: Orígenes confirma esta identidade a propósito do Salmo 74:14 e 15:
"Tu dividiste o mar pela tua força; esmigalhaste a cabeça dos monstros marinhos sobre as águas.Tu esmagaste as cabeças do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes do deserto."



As cabeças de dragões quebradas e as serpentes destruídas são a vitória de Jesus sobre o mal. Além das imagens bem conhecidas de São Miguel e São Jorge (em baixo), o próprio Cristo é por vezes representado pisando um dragão.
O patriarca Zen Huei-neng também faz dos dragões e das serpentes os símbolos do ódio e do mal. O terrível Fudô (Acala) nipónico a dominar o dragão, vence da mesma forma a ignorância e a obscuridade.
Mas não há só aspectos negativos, nem estes são os mais importantes. O simbolismo do dragão é ambivalente, o que aliás, é expresso pelas imagens do Extremo Oriente dos dois dragões frente a frente, encontrando-se também na arte medieval do hermetismo europeu onde, frente a frente, adquire uma forma análoga à de um caduceu. O Caduceu ou emblema de Hermes (Mercúrio) é um bastão em torno do qual se entrelaçam duas serpentes e cuja parte superior é adornada com asas. Esotericamente está associado ao equilíbrio moral, ao caminho da iniciação e ao caminho de ascenção da energia  Kundalini, o alegado poder espiritual primordial ou energia cósmica, que jás adormecida na base da coluna vertebral e nos orgãos genitais.

Assim visto, o dragão representa a neutralização das tendências adversas, do enxôfre e do mercúrio alquimicos, ao passo que a natureza latente, não desenvolvida é representada  pelo  uruboro, o dragão que morde a sua própria cauda.


Curiosidades

Há poucas diferenças evidentes entre dragões machos e dragões fêmeas, e os seu corportamentos não são diferentes também. Com um pouco de tempo e de paciência é possivel estabelecer uma relação de confiança e até de cooperação. Nas campos e nas fortalezas das grandes batalhas lendárias da literatura do género Fantástico de Espada & Feitiçaria, (O Senhor dos Anéis por exemplo), os dragões são mais frequentemente usados pelas forças do mal.
 
Draconimicon Battle. Ilustração de Vincent S Proce http://www.vincentproce.com/Illustrations/Illustrations.htm

Mas também pela forças do bem. No capítulo Oferta do Destino, da saga "Eragon" de Christopher Paolini, o dragão pode ser tão cooperante com Homem, como um cão. Melhor, é bastante mais inteligente e poderoso.

"De repente, apareceu uma racha na Pedra. E depois outra, e outra. Paralisado, Eragon inclinou-se para a frente, ainda com a faca na mão. No cimo da pedra, onde as rachas se encontravam, uma peça pequena mexia-se como se estivesse a balançar em qualquer coisa. Depois elevou-se e caiu ao chão. Após uma nova série de guinchos, uma pequena cabeça negra espreitou do buraco, seguida dum corpo estranhamente angular. Eragon apertou a faca com mais força e segurou-a com firmeza. Em breve a criatura saiu completamente da pedra. Manteve-se quieta por um momento, e depois deslocou-se para o luar.
Eragon encolheu-se, em choque. Em frente dele, retirando às lambidelas a membrana que o envolvia, estava um dragão." 

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Os Dragões (1)

"Sem dúvida não existe nenhuma outra besta que se compare ao poderoso dragão, em todo o seu esplendor e sua majestade, e poucas tão dignas de diligentes estudos por parte de homens sábios."
                                                                  Gildas Magnus, Ars Draconis, 1465

Sendo contas de outro rosário, aqui o meu dragão europeu (Draco occidentalis magnus) que incansavelmente bate suas asas de GIF animado, incomodou algumas pessoas. Por isso decidi montar um conjunto de mensagens dedicado a este tão assustador como fascinante animal.

O dragão aparece-nos sobretudo como um gardião severo ou como símbolo do mal e das tendências demoníacas. Com efeito, ele é o guardião dos tesouros escondidos,e, como tal, um adversário que deve ser vencido para se lhes ter acesso. No Ocidente, é o guardião do Tosão de Ouro e do Jardim das Hespérides.
O Tosão, Velo ou Velocino, significa uma pele de carneiro com lã. Segundo a mitologia, trata da pele de um carneiro que enquanto vivo transportou pelos ares um menino, Frixo, e uma menina, Hele, do reino dos seus pais, Atama e Nefele, para Cólquida na Ásia.  A menina caiu na zona que separa a Europa da Ásia que se passou a chamar Helesponto, hoje Dardanelos. O menino chegou são e salvo ao reino do rei Etes, na costa oriental do Mar Negro, e por isso ofereceu o animal em sacríficio a Zeus. Este muito satisfeito, prometeu riqueza e prosperidade a quem tivesse em seu poder a pele de carneiro, e o rei que a tinha recebido de presente, guardou-a numa gruta protegida por uma dragão.
Por curiosidade, A Ordem do Tosão de Ouro,  no Alemão Orden vom Goldenen Vlies, é uma ordem de cavalaria fundada em 1429 por Filipe III, Duque da Borgonha para celebrar o seu casamento com a infanta Isabel de Portugal, filha do rei de Portugal D. João I. Depois da morte de Carlos II de Espanha e Guerra da Sucessão Espanhola a ordem dividiu-se em duas até à actualidade: a ordem espanhola e a ordem austríaca, cada uma reclamando a legitimidade histórica. Ambas utilizam a língua francesa. O rei Alberto II da Bélgica é um caso raro de ser cavaleiro de ambas as ordens. No colar da ordem do Tosão de Ouro pode-se ver um carneiro lanífero de ouro. (Na imagem)

Na mitologia grega, o Jardim das Hespérides, situava-se nas margens do rio Oceano, e lá habitavam as Hespérides que eram ninfas do entardecer e filhas de Atlas que guardavam este rico jardim.
Gaia ofereceu a Hera maravilhosas maçãs de ouro como presente de casamento com Zeus e mandou plantá-las no seu jardim. Interesseiras, as ninfas começaram a usar as maçãs de ouro em benefício próprio e Hera teve que arranjar um guardião mais confiável do seus frutos-tesouro. Assim Ladon, um dragão de cem cabeças passou a tomar conta do jardim e das maçãs.

Progenitas de Jeremy Jarvis

Na China, num conto de T' ang, um dragão é o guardião da Pérola.


Roger Dean (em cima) parece ter-se inspirado nesta lenda chinesa na concepção artística do primeiro LP da banda de Rock Sinfónico Asia, uma espécie de sucedâneo dos YES.

 Na mitologia nórdica,  a lenda de Siegfried confirma que o tesouro guardado pelo dragão é a imortalidade.


Curiosidade

Feitiço Para Apanhar Um Dragão

Espalhe um Pouco de pó de Dragão em cima de um espelho. Depois coloque uma safira ou outra jóia preciosa diante do covil do dragão. Quando o dragão aparecer para investigar, puxe do espelho, de forma que o dragão veja o seu próprio reflexo, e grite...bem alto..." Ecce Narcisso Draconnus Attractivae". Este feitiço irá deixar o dragão sob seu poder - mas tenha cuidado quando o efeito passar!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Terra Oca (3)

O grande mestre de Banda desenhada retro futurista, Edgar Jacobs, na série de aventuras da dupla de heróis Blake&Mortimor, também «se meteu» no interior da Terra Oca, no livro, O Enigma da Atlântida. Deixo aqui algumas imagens desta BD como aperitivo. Curiosamente a aventura inicia-se nos Açores. Um açoriano local aparece neste livro de quadradinhos vestido à campino ribatejano.
                                


                                                                                              
                                                     










 

A Terra Oca E Os Nazis.

O misticismo ocultista foi desde a origem uma influência séria no desenvolvimento da ideologia Nazi.
Em 1945 os aliados aproximavam-se de Berlim que se vergava sob o impacto de milhares de bombardeamentos aéreos. No fundo do seu fortificado bunker, Hitler só perante as evidências e muito a custo, admitiu a derrota. Contudo estava determinado em não sofrer a humilhação de ser capturado pelos russos e ser levado para Moscovo, como um troféu de guerra.
Segundo a especulação da história alternativa, Hitler não se suicidou. Fugiu a partir do Bunker por um túnel para uma pista aérea secreta, e a bordo de um avião, teria viajado para o Pólo Sul. Bem aqui temos que fazer pelo menos 2 reparos nesta teoria da escapadela do Fuhrer. Primeiro, com é que qualquer avião nazi passava sem ser detectado e abatido, uma vez que o espaço aéreo europeu estava totalmente dominado pelos aliados. Segundo, que tipo de avião secreto teriam com uma autonomia de vôo tal, que tornaria possível a ligação de Berlim à Antártica, ou então ter que fazer escalas para abastecimento sem ser detectado. A resposta a esta questão, segundo os crentes, está no desenvolvimento de uma nova tecnologia de transporte aéreo desenvolvido pelos nazis. Nada mais nada menos do que OVNIS.
De acordo com a Hollow Earth Research Society em Ontário, no Canadá, afirmam que os aliados imediatamente no pós-guerra descobriram que, cerca de 2000 cientistas e cerca de um milhão de almas desapareceram da face da Terra, e segundo parece, teriam sido levado para o seu interior por discos voadores pilotados por pilotos da Luftwaffe e por habitantes interiores parecidos com Greys. A história torna-se cada mais complexa á medida que avançamos nela.

Os avanços tecnológicos que teriam permitido aos Nazis construirem UFOs, teriam sido oferecidos por arianos (descendentes da Atlântida?) que vivem no centro da Terra.

Para que fique aqui bem claro, as evidências da Terra oca são próximas de zero.
Entretanto descobriram-se uma misteriosas aberturas na Antárctida.
Não se tem certeza se essas aberturas ou entradas são naturais, ou se foram feitas artificialmente.


Sabemos que existem bases americanas na Antárctida, mas existem muitas lendas e histórias de possíveis bases secretas Nazis (NEU-SCHWABENLAND), onde teriam escondido os famosos Haunebus (discos voadores).
Podemos levantar várias hipóteses, e continuaremos sem uma resposta convincente.


O certo, é que antes de 23 de fevereiro de 2006, as aberturas vistas hoje não existiam, ou poderiam estar cobertas pela neve e gelo. Mas após esta data, é claramente visível e inequívoco, tanto que digitando as coordenadas acima no Google Earth, a imagem do satélite não deixa dúvidas sobre sua existência.

A "estrutura" é mais ou menos em forma triangular, com uma largura de aproximadamente 90 metros e uma altura de 30 metros, e por isso é de tamanho considerável. O chão parece ser composto de gelo e o nível ligeiramente côncavo.
A seguir estão as imagens das coordenadas 66 33' 11.58"S, 99 50' 17.86"E






quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bom Natal Para Todos


Depois de longos meses inactivo, Delta de Vénus, vai renascer nos próximos tempos.
Aproveito desde já para desejar Boas Festas a todos os que têm procurado, em vão, novas mensagens neste Blog.
A belíssima gravura é de Scott Gustafson e intitula-se The Journey Begins. Com esta imagem também faço votos para que a nossa enferma Civilização Ocidental, se regenere dos esquerdismos e islamismos que a mortificam e ameçam de extinção neste momento histórico. Para que haja um Futuro em "pastos mais verdes".
Para que continuem a nascer crianças com Futuro em Liberdade.