Na sequência do posts anteriores, deixo aqui algumas informações sobre a Terra Oca (TO). A TO é uma hipótese que defende que o Planeta Terra é oco ou possui um substancial espaço aberto no seu interior. É um conceito há muito tempo abandonado pela Geologia mas ainda cultivado por alguns ocultistas e místicos. Como iremos ver, foi uma teoria também explorada pelos Nazis.
Existe alguma bibliografia sobre o assunto, onde o podemos aprofundar ludicamente, sem prescindir, contudo, dos aspectos críticos, tendo sempre em linha de conta as teorias geológicas bem estabelecidas e científicamente bem provadas sobre a formação e constituição da Terra, que nos chegam, quer pelas informações directas quer pelas indirectas da actividade geológica do nosso Planeta, onde se incluem, entre outros, os dados provenientes da sismologia e do vulcanismo.
Um desses livros é o de Raymond Bernard, The Hollow Earth (1979) e "Etidorhpa" de John Uri Llyod, que alega ter viajado para a superfície interna do Planeta.
Segundo Raymond Bernard e resumindo, a Terra possui uma crosta com cerca de 800 milhas de espessura, cerca de 1200 km portanto,e duas aberturas. Uma no Pólo Norte e outra no Pólo Sul. No centro da Terra não existe um núcleo pesado, parcialmente fundido (NiFe) onde se origina a nossa magnetosfera, mas sim um Sol com 600 milhas de diametro (960 km).
Em Etidorpha, Lloyd afirma que na sua viagem ao centro da Terra logrou chegar ao centro de gravidade - local onde não existe gravidade. Aquí chegado, Lloyd pôde-se mover pela utilização do poder da mente, o seu coração parou de bater e não precisou de se alimentar. Pelos vistos o senhor morreu, tendo ressucitado para poder partilhar connosco esta sua grande aventura interior. Ele descreveu também uma vegetação gigante (Júlio Verne na Viagem ao Centro da Terra descreveu gigantes cogumelos) que vive debaixo da Terra tendo crescido assim para o gigantismo devido á fraca força gravítica local. Por último, descreve as pessoas que vivem lá em baixo onde não existe noite, pois têm 24 horas de luz do sol interior que se chama Atoma. Confirma a existência de massas montanhosas e de grandes corpos de água como os que existem na superfície da Terra, como mares, lagos e rios...mas com uma vibração e uma energia mais pura e mais alta - a chamada frequência da quarta dimensão. Ora a quarta dimensão (o tempo) também nós por aqui vamos tendo embora cada vez menos. Quanto à frequência ser mais alta e mais pura...isto já me cheira a Mambo Jambo.
Um dos maiores vultos mitificados pelos adeptos da teoria da TO é o almirante americano Richard Byrd.
Rear Admiral Richard Evelyn Byrd, nasceu em Outubro 25 de 1888 e faleceu em Março 11, de 1957. Byrd foi basicamente um explorador que alegou ter sido o primeiro a sobrevoar o Pólo Norte em 1926, o que muitos duvidam, e o Pólo Sul em 1929. Organizou e participou em 4 outras expedições à Antarctida respectivamente em 1933–35, 1939–40, 1946–47 e 1955–56.
A expedição de 1946 está na origem da mitologia em torno do almirante, dos OVNIS e da ideia da TO. De facto, a expedição foi cancelada abruptamente seis meses mais cedo em Fevereiro de 1947. Ainda a bordo do barco de apoio Mount Olympus, Richard Byrd deu uma entrevista a um jornal chileno onde declarou que os EUA deviam estar em alerta máximo e adoptar medidas defensivas para prevenir uma possível invasão do país por aviões (leia-se naves) hostis a partir de ambos os Pólos. O almirante disse ainda:
"I do not want to scare anybody but the bitter reality is that in the event of a new war the United States will be attacked by aircraft flying in from over one or both poles." (...) "the most important of the observations and discoveries made was the of the present potential situation as it relates to the security of the United States...I can do no more than warn my countrymen very forcibly that the time has passed when we could take refuge in complete isolation and rest in confidence in the guarantee of security which distance, the oceans and the poles provide and remain in a state of alert and watchfulness".
Estas palavras alimentaram imediatamente os adeptos da teoria da conspiração sobre as actividades Nazis na Antarctida, mas isto fica para os próximos capítulos.
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